A neurociência estuda o sistema nervoso, formado pelo cérebro, medula espinhal e nervos periféricos, e as ligações dele com toda a fisiologia do corpo humano.
O objetivo dos neurocientistas é decifrar os comandos e as funções do cérebro, além das alterações que o órgão sofre no processo de envelhecimento humano. Os principais temas estudados na neurociência são:
- Controle neural das funções vegetativas;
- Controle neural das funções sensoriais;
- Controle neural das funções motoras;
- Mecanismos de atenção, memória e aprendizagem;
- Emoção, linguagem e comunicação;
- Relação entre cérebro e comportamento;
- Doenças do sistema nervoso, da enxaqueca à doença de Alzheimer;
- Transtornos de saúde mental, como a depressão.
A pesquisa destes temas envolve a compreensão de como mais de 86 bilhões de células nervosas nascem, se desenvolvem e se conectam. Ela não está restrita à biologia ou à medicina, por isso a neurociência é definida como interdisciplinar.
O campo envolve saberes da química, matemática, linguística, psicologia, engenharia, física, ciência da computação, só para listar alguns exemplos.
A neurociência se estabeleceu como campo científico autônomo na década de 1970, apesar do fascínio do ser humano pelo cérebro remeter ao Egito Antigo. No Brasil, os estudos ganharam impulso nas décadas de 1940 e 1950, com pesquisas na UFRJ, UFMG e USP.
É na mesma época em que surgem as tecnologias de escaneamento do cérebro, como a tomografia por emissão de pósitrons (PET SCAN), a cintilografia de perfusão cerebral (SPECT), as imagens de ressonância magnética (IRM) e a magnetoencefalografia (MEG).
Estas tecnologias permitiram grandes avanços nos estudos da neurociência, que com o passar dos anos se dividiu em ramos especializados.